Vou morrer nos braços da asa branca,
No lampejo do trovão
De um lado ladainha,
Sem soluço e solução.
Nasci no dia do medo
Na hora de ter coragem
Fui lançado no degredo
Diplomado em malandragem
Caminho, luz e risco,
Aflito,
Xingo, minto, arrisco, tisco,
E por onde andei
Eu encontrei o bendito fruto em vosso dente,
Catecismo de fuzil
E creme dental em toda a frente.
Pois um anjo do cinema
Já revelou que o futuro
Da família brasileira
Será um hálito puro.
Pinta -la - inha
Da cana vintinha
Mandei dizer pro meu amor
Faça a cama na varanda
E não esqueça o cobertor
Não quero ser cantador
Só fazer valentia
Também gasto heroísmo
Nos braços de uma Maria.
Antônio José Santana Martins (Tom Zé)
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